Obesidade: entenda os riscos à saúde e como reverter o quadro com a ajuda de um endocrinologista

arial-label | homem com obesidade medindo sua circunferência abdominal

Nas últimas décadas, temos visto uma transformação significativa em nossos hábitos e estilos de vida. Seja pela praticidade dos alimentos ultraprocessados ou pela crescente dependência da tecnologia, muitas pessoas estão se tornando mais sedentárias e comendo de maneira menos saudável. Mas qual é o impacto real dessas mudanças em nossa saúde?

A obesidade é uma consequência visível dessas transformações e está se tornando uma preocupação crescente em todo o mundo. No Brasil, os números são alarmantes: um em cada quatro adultos é obeso.

Essa condição não se trata apenas de questões estéticas; a obesidade traz consigo uma série de complicações graves à saúde, afetando desde o coração até a capacidade respiratória.

Neste artigo, vamos explorar a crescente prevalência da obesidade no Brasil, os fatores que contribuem para esse aumento e as complicações de saúde associadas ao excesso de peso.

Também discutiremos como você pode saber se está obeso, quais são os principais fatores que causam a obesidade, e, mais importante, as maneiras eficazes de tratar essa condição com a ajuda de um endocrinologista. 

Se você está buscando entender melhor a obesidade e como combatê-la, continue lendo e descubra como é possível reverter esse quadro e alcançar uma vida mais saudável.

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O crescimento da obesidade no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil tem visto um aumento alarmante nos índices de obesidade. Globalmente, mais de um bilhão de pessoas vivem com obesidade, conforme um estudo recente publicado na revista The Lancet e apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Isso equivale a cerca de uma em cada oito pessoas no mundo. No Brasil, a situação é ainda mais preocupante: a obesidade afeta uma em cada quatro pessoas adultas.

Dados da pesquisa Vigitel 2023, conduzida anualmente pelo Ministério da Saúde, revelam que 24,3% dos adultos brasileiros são obesos.

Essa tendência crescente pode ser atribuída a uma série de fatores que vão desde mudanças nos hábitos alimentares até o aumento do sedentarismo, aspectos que vamos explorar em detalhes a seguir.

Fatores contribuintes para o aumento da obesidade

Sedentarismo

O estilo de vida moderno tem contribuído significativamente para o aumento da obesidade. A rotina de muitos brasileiros envolve longas horas sentados no trabalho, seguidas por mais tempo no trânsito e, finalmente, em casa diante da televisão ou de dispositivos eletrônicos. Esse padrão de comportamento reduz drasticamente o gasto calórico diário.

Além disso, a tecnologia, apesar de todos os seus benefícios, tem desempenhado um papel duplo. Aplicativos de entrega de comida, plataformas de streaming e jogos online incentivam um estilo de vida sedentário.

A prática regular de atividades físicas, que era comum em gerações anteriores, está se tornando rara.

Dieta não saudável

A dieta do brasileiro também sofreu uma transformação drástica nas últimas décadas. A facilidade de acesso a alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e sódio, tem mudado os hábitos alimentares da população. 

O consumo desses alimentos não apenas contribui para o ganho de peso, mas também para uma série de outras condições de saúde.

Fatores genéticos e metabólicos

A predisposição genética também desempenha um papel importante na obesidade. Pesquisas indicam que fatores hereditários podem influenciar o metabolismo de uma pessoa, a distribuição de gordura corporal e até mesmo o apetite. 

Pessoas com histórico familiar de obesidade têm maior probabilidade de enfrentar dificuldades para manter um peso saudável.

Além dos fatores genéticos, condições metabólicas como a síndrome metabólica e o hipotireoidismo também podem contribuir para o ganho de peso. 

A síndrome metabólica, um conjunto de condições que inclui pressão arterial alta, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura corporal em torno da cintura e níveis anormais de colesterol, aumenta o risco de doenças cardíacas e diabetes. 

O hipotireoidismo, por sua vez, é uma condição na qual a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, levando a uma diminuição do metabolismo e ao ganho de peso.

Por que é importante manter um peso saudável?

Manter um peso saudável é crucial não apenas para a aparência física, mas principalmente para a saúde geral e a prevenção de várias doenças. Vamos explorar algumas das complicações de saúde mais comuns associadas à obesidade:

Doenças cardiovasculares

A obesidade é um fator de risco significativo para várias doenças cardiovasculares. O excesso de gordura corporal, especialmente em torno da cintura, aumenta a pressão arterial e os níveis de colesterol, contribuindo para o acúmulo de placas nas artérias que pode levar a ataques cardíacos e derrames. 

A hipertensão, ou pressão alta, é frequentemente associada à obesidade e, se não tratada, pode causar danos ao coração e aos vasos sanguíneos.

Além disso, a obesidade pode levar à insuficiência cardíaca, uma condição em que o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. 

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é uma das complicações mais comuns e graves associadas à obesidade. O excesso de gordura corporal, especialmente na região abdominal, aumenta a resistência à insulina, o hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue. Quando o corpo se torna resistente à insulina, os níveis de glicose no sangue aumentam, levando ao diabetes tipo 2.

O diabetes tipo 2 não controlado pode causar uma série de problemas de saúde, incluindo danos aos nervos (neuropatia), problemas renais (nefropatia), perda de visão (retinopatia) e aumento do risco de doenças cardiovasculares. O controle do peso é uma parte essencial da gestão e prevenção do diabetes tipo 2.

Problemas osteoarticulares

A obesidade sobrecarrega as articulações, especialmente as dos joelhos, quadris e coluna vertebral, aumentando o risco de desenvolver osteoartrite. A osteoartrite é uma condição degenerativa que causa dor, rigidez e inchaço nas articulações, afetando a mobilidade e a qualidade de vida.

Além da osteoartrite, a obesidade também pode contribuir para a dor lombar crônica. O excesso de peso coloca uma pressão adicional na coluna, levando ao desgaste dos discos intervertebrais e ao desenvolvimento de condições como hérnia de disco.

Apneia do sono

A obesidade está fortemente associada à apneia do sono, uma condição em que a pessoa pára de respirar momentaneamente durante o sono. Essa interrupção da respiração é causada pelo colapso das vias aéreas superiores, frequentemente devido ao excesso de tecido adiposo no pescoço e na garganta.

A apneia do sono não tratada pode levar a uma série de complicações de saúde, incluindo hipertensão, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e até mesmo aumento do risco de acidentes de carro devido à sonolência diurna.

O tratamento da apneia do sono muitas vezes envolve a perda de peso e o uso de dispositivos de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP).

Problemas gastrointestinais

O excesso de peso pode causar uma série de problemas gastrointestinais, incluindo doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), na qual o ácido do estômago volta para o esôfago, causando azia e outros sintomas. A obesidade aumenta a pressão intra-abdominal, o que facilita o refluxo ácido.

Além disso, a obesidade está associada a um maior risco de desenvolver doenças hepáticas, como a esteatose hepática não alcoólica (fígado gorduroso), que pode progredir para cirrose hepática e insuficiência hepática. O controle do peso é essencial para a prevenção e o tratamento dessas condições.

Como posso saber se estou obeso?

Identificar se uma pessoa está obesa é fundamental para a intervenção precoce e a prevenção de complicações de saúde. A maneira mais comum de avaliar se alguém está obeso é através do Índice de Massa Corporal (IMC).

O IMC é calculado dividindo o peso da pessoa (em quilogramas) pela sua altura (em metros) ao quadrado. A classificação do IMC é a seguinte:

  • Abaixo de 18,5: Abaixo do peso
  • 18,5 a 24,9: Peso normal
  • 25 a 29,9: Sobrepeso
  • 30 a 34,9: Obesidade grau I
  • 35 a 39,9: Obesidade grau II
  • Acima de 40: Obesidade grau III (mórbida)

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Além do IMC, outras medidas como a circunferência da cintura e a relação cintura-quadril são utilizadas para avaliar a distribuição de gordura corporal e o risco associado de doenças cardiovasculares e metabólicas.

A circunferência da cintura é particularmente importante, pois a gordura abdominal é um indicador mais preciso de risco para essas doenças.

Quais são os principais fatores que causam obesidade?

A obesidade é uma condição complexa, resultante da interação de vários fatores. Além dos já mencionados sedentarismo e dieta não saudável, outros fatores que contribuem para a obesidade incluem:

  • Genética: Fatores hereditários podem predispor uma pessoa à obesidade, influenciando o metabolismo e a distribuição de gordura.
  • Metabolismo: Alguns indivíduos têm um metabolismo mais lento, o que pode dificultar a perda de peso.
  • Ambiente: O ambiente em que uma pessoa vive, incluindo o acesso a alimentos saudáveis e oportunidades para atividade física, pode influenciar o risco de obesidade.
  • Comportamentais: Hábitos alimentares, padrões de sono e níveis de atividade física são comportamentos que afetam diretamente o peso corporal.
  • Psicológicos: Fatores como estresse, depressão e transtornos alimentares podem levar ao ganho de peso.
  • Medicamentos: Certos medicamentos, como antidepressivos e antipsicóticos, têm o ganho de peso como efeito colateral.

A obesidade pode ser revertida?

Sim, a obesidade pode ser revertida com um compromisso consistente e contínuo com mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, intervenções médicas. As estratégias eficazes para reverter a obesidade incluem:

  1. Mudanças na dieta: Adotar uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é crucial. Isso inclui o aumento do consumo de frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, e a redução da ingestão de alimentos ultraprocessados e açucarados.
  2. Aumento da atividade física: Incorporar exercícios regulares à rotina diária é fundamental. Atividades como caminhadas, corridas, natação e treino de força ajudam a aumentar o gasto calórico e melhorar a saúde cardiovascular.
  3. Acompanhamento psicológico: Terapias comportamentais podem ajudar a identificar e modificar padrões alimentares e comportamentais que contribuem para o ganho de peso.
  4. Medicação: Em alguns casos, medicamentos prescritos por um médico podem auxiliar na perda de peso, especialmente quando combinados com mudanças no estilo de vida.
  5. Cirurgia bariátrica: Para casos de obesidade grave, onde outras intervenções não foram eficazes, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção. Este procedimento reduz a capacidade do estômago, ajudando a limitar a ingestão de alimentos e promovendo a perda de peso.

Existe um tratamento médico eficaz para a obesidade?

Sim, existem várias abordagens médicas eficazes para o tratamento da obesidade. A escolha do tratamento depende da gravidade da obesidade, das condições de saúde associadas e das preferências individuais.

Um tratamento eficaz geralmente envolve uma combinação de modificações no estilo de vida, intervenções médicas e, em alguns casos, cirúrgicas:

Terapia Comportamental

Modificar hábitos alimentares e de atividade física é a base de qualquer programa de perda de peso. A terapia comportamental envolve o suporte de profissionais de saúde, como nutricionistas e psicólogos, que ajudam os pacientes a identificar e mudar padrões de comportamento que contribuem para o ganho de peso.

Isso pode incluir o estabelecimento de metas realistas, monitoramento da ingestão alimentar e aumento gradual da atividade física.

Investigação de Distúrbios Hormonais 

O papel do endocrinologista é crucial no tratamento da obesidade, especialmente na identificação e tratamento de distúrbios hormonais que podem contribuir para o ganho de peso.

Condições como hipotireoidismo, síndrome de Cushing e resistência à insulina são algumas das causas hormonais da obesidade.

O endocrinologista realiza uma avaliação detalhada, incluindo exames laboratoriais e clínicos, para diagnosticar essas condições. Tratamentos hormonais específicos podem ser necessários para corrigir esses desequilíbrios e auxiliar na perda de peso.

Medicação

Existem medicamentos específicos que podem ser prescritos para ajudar na perda de peso. Esses medicamentos atuam de várias maneiras, incluindo a redução do apetite, aumento da sensação de saciedade ou redução da absorção de gordura.

No entanto, o uso desses medicamentos deve ser monitorado de perto por um médico, devido aos possíveis efeitos colaterais e à necessidade de ajuste da dosagem.

Cirurgia Bariátrica 

Para casos de obesidade grave que não responderam a outras formas de tratamento, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção eficaz. Procedimentos como a gastrectomia vertical (manga gástrica) e o bypass gástrico reduzem o tamanho do estômago, limitando a quantidade de alimento que a pessoa pode consumir e promovendo a perda de peso.

A cirurgia bariátrica é geralmente recomendada para pessoas com um Índice de Massa Corporal (IMC) muito alto ou para aqueles com comorbidades significativas, como diabetes tipo 2.

Como um endocrinologista pode me ajudar a perder peso?

O tratamento da obesidade requer acompanhamento contínuo com um endocrinologista para monitorar o progresso, ajustar o plano de tratamento conforme necessário e oferecer suporte e motivação.

O endocrinologista também ajuda a prevenir a recuperação do peso perdido, uma vez que manter a perda de peso pode ser desafiador.

Cada paciente é único, e o plano de tratamento deve ser adaptado às suas necessidades específicas. A Dra. Ana Bárbara Trizzotti, elabora programas personalizados que consideram o histórico de saúde do paciente, suas condições médicas, preferências e estilo de vida.

Esse enfoque personalizado aumenta as chances de sucesso a longo prazo e é constituído de 4 etapas:

  1. Avaliação de condições hormonais: Diagnosticar e tratar problemas hormonais que possam estar contribuindo para o ganho de peso, como hipotireoidismo.
  2. Orientação sobre dieta e exercícios: Fornecer recomendações nutricionais e de atividades físicas adaptadas às necessidades individuais.
  3. Prescrição de medicamentos: Quando necessário, prescrever e monitorar medicamentos para perda de peso.
  4. Acompanhamento contínuo: Oferecer suporte contínuo e ajustar o plano de tratamento conforme necessário para garantir o sucesso na perda de peso.

Conclusão

A obesidade é um desafio crescente que afeta milhões de pessoas no Brasil e ao redor do mundo. As complicações de saúde associadas à obesidade são graves, mas a boa notícia é que a condição pode ser revertida com um compromisso firme com mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, com o auxílio de intervenções médicas. Manter um peso saudável é essencial para melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças.

Se você está preocupado com o seu peso ou com a saúde, não hesite em marcar uma consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti. Com mais de 10 anos de experiência, ela pode ajudar a desenvolver um plano eficaz e personalizado para você alcançar um peso saudável e melhorar sua qualidade de vida. 

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