Você sabia que um simples tombo pode causar fraturas graves em quem tem osteoporose? Silenciosa e progressiva, essa condição atinge milhões de brasileiros, especialmente mulheres após a menopausa e muitos nem desconfiam do risco até que ocorra a primeira fratura.
A boa notícia é que, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível manter a saúde dos ossos e evitar complicações. Neste post, você vai entender como identificar a osteoporose, quais são seus fatores de risco, e os principais pilares do tratamento.
O que é osteoporose?
A osteoporose é uma doença que enfraquece os ossos, tornando-os mais porosos, finos e suscetíveis a fraturas, mesmo em traumas leves. A densidade mineral óssea (DMO) diminui progressivamente, principalmente com o envelhecimento e alterações hormonais, como a queda de estrogênio nas mulheres.
Essa perda óssea acontece de forma silenciosa e gradual, sem sintomas evidentes até que ocorra uma fratura (geralmente no quadril, punho ou coluna).
Segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), uma em cada três mulheres com mais de 50 anos sofrerá uma fratura osteoporótica em algum momento da vida.
Fatores de risco para osteoporose
Alguns fatores aumentam significativamente o risco de desenvolver osteoporose. Conhecer esses fatores é essencial para agir preventivamente:
- Idade avançada: o risco aumenta especialmente após os 50 anos.
- Sexo feminino: mulheres, especialmente na pós-menopausa, têm maior predisposição.
- Histórico familiar de fraturas ou osteoporose.
- Sedentarismo e falta de exercícios com impacto.
- Alimentação pobre em cálcio e vitamina D.
- Uso prolongado de corticoides e outros medicamentos que afetam o metabolismo ósseo.
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool.
- Baixo peso corporal ou desnutrição.
Estar atento a esses fatores é o primeiro passo para prevenção.
Como é feito o diagnóstico da osteoporose?
O diagnóstico da osteoporose é feito por meio de um exame chamado densitometria óssea (DEXA). É um exame rápido, indolor e altamente preciso, que avalia a densidade mineral óssea da coluna, quadril e, em alguns casos, do antebraço.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o diagnóstico de osteoporose é confirmado quando o T-score da densitometria é igual ou inferior a -2,5.
Além do exame, o endocrinologista também avalia exames laboratoriais para descartar outras causas de perda óssea, como alterações hormonais ou deficiência de vitamina D.
Quando devo investigar?
A densitometria óssea deve ser realizada:
- Mulheres acima de 65 anos
- Homens acima de 70 anos
- Mulheres após a menopausa ou homens abaixo de 70 anos que tenham algum fator de risco
- Baixo peso
- Fratura de fragilidade prévia
- Uso de medicamentos que levam a perda óssea
- Presença de outras condições de saúde que provoquem perda óssea (tabagismo, etilismo, doença celíaca, hipertireoidismo, entre outras)
Converse com seu endocrinologista para saber o melhor momento de investigar.
Os 4 pilares do tratamento da osteoporose
O tratamento da osteoporose vai muito além de tomar cálcio. Ele envolve quatro pilares fundamentais:
1. Alimentação rica em cálcio e vitamina D
A base da saúde óssea começa na alimentação. É essencial consumir:
- Laticínios (leite, iogurte, queijo).
- Vegetais verde-escuros (couve, espinafre).
- Peixes com ossos, como sardinha.
- Ovos, oleaginosas e sementes.
A vitamina D é essencial para a absorção de cálcio. A exposição solar moderada, por 15 minutos ao dia, ajuda na síntese da vitamina, mas em muitos casos é necessário suplementar.
2. Exercícios físicos regulares
A prática regular de exercícios com impacto, como caminhada, dança, musculação e pilates, estimula o fortalecimento ósseo.
O sedentarismo acelera a perda de massa óssea, portanto, manter o corpo ativo é parte essencial da prevenção e do tratamento.
3. Tratamento medicamentoso
Quando há diagnóstico de osteoporose, o endocrinologista pode indicar o uso de medicamentos específicos. Os principais grupos são:
- Bisfosfonatos (como alendronato e risedronato).
- Denosumabe, um anticorpo monoclonal.
- Análogos do hormônio paratireoideo, como a teriparatida.
- Estrogênios ou moduladores seletivos de receptores de estrogênio, em casos selecionados.
A escolha do medicamento ideal depende do grau da osteoporose, risco de fratura e características individuais do paciente. O acompanhamento médico é essencial para ajustar o tratamento e monitorar possíveis efeitos colaterais.
4. Prevenção de quedas e fraturas
O ambiente doméstico também pode ser adaptado para prevenir quedas, com medidas como:
- Iluminação adequada nos cômodos.
- Retirada de tapetes soltos e objetos no chão.
- Instalação de barras de apoio no banheiro.
- Uso de calçados antiderrapantes.
A prevenção de fraturas é tão importante quanto o fortalecimento ósseo em si.
Osteopenia: um alerta antes da osteoporose
A osteopenia é considerada um estágio intermediário, em que a densidade mineral óssea já está reduzida, mas ainda não ao ponto de caracterizar osteoporose. É um alerta vermelho que exige mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, tratamento.
Sem controle, a osteopenia evolui para osteoporose com o tempo.
É possível reverter a osteoporose?
Embora a densidade óssea não volte totalmente ao normal, o tratamento adequado pode interromper a progressão da doença, reduzir significativamente o risco de fraturas e melhorar a qualidade de vida.
O mais importante é diagnosticar precocemente, seguir o tratamento com disciplina e manter um estilo de vida saudável.
Por que consultar um endocrinologista?
O endocrinologista é o especialista mais indicado para diagnosticar e tratar a osteoporose. Ele avalia de forma personalizada as causas da perda óssea, solicita os exames adequados e define a melhor estratégia de tratamento, com segurança e eficácia.
Além disso, doenças endócrinas como hipotireoidismo, hiperparatireoidismo, Síndrome de Cushing e outras podem estar por trás da perda óssea, exigindo uma avaliação mais detalhada.
Se você tem mais de 50 anos, está na menopausa ou possui histórico familiar de osteoporose, não espere por uma fratura para agir. Agende sua consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti e receba uma avaliação completa, com atenção individualizada e baseada nas diretrizes mais atualizadas da endocrinologia.