Ginecomastia: o que é, causas, diagnóstico e tratamento

ginecomastia - dra ana barbara trizzoti endocrinologista botucatu

Você já ouviu falar em ginecomastia? Imagine perceber um aumento inesperado no volume do peito, mesmo sem estar ganhando peso. Para muitos homens, essa situação gera desconforto estético e até impacto emocional. Mas será que esse crescimento é só gordura, ou existe algo além? É justamente sobre isso que vamos conversar hoje.

O que é ginecomastia?

A ginecomastia é o aumento benigno do tecido mamário em homens. Ela não deve ser confundida com acúmulo de gordura na região do tórax (chamado lipomastia), já que nesse caso existe realmente um crescimento do tecido glandular mamário.

Esse quadro é relativamente comum e pode surgir em diferentes fases da vida. Estima-se que até 60% dos adolescentes apresentem algum grau de ginecomastia durante a puberdade, mas na maioria dos casos ela desaparece sozinha após alguns meses 

Principais causas da ginecomastia

O desenvolvimento da ginecomastia pode ter diferentes causas, que vão desde alterações hormonais até o uso de medicamentos. Vamos entender melhor:

Alterações hormonais

O equilíbrio entre testosterona e estrogênio é essencial para a saúde masculina. Quando há aumento relativo de estrogênio ou queda nos níveis de testosterona, pode ocorrer estímulo do tecido mamário, levando ao crescimento da região.

Fase da puberdade

Na adolescência, as oscilações hormonais são comuns e podem levar à ginecomastia temporária. Na maior parte dos casos, ela desaparece espontaneamente após um período de até 2 anos.

Envelhecimento

Homens mais velhos também podem apresentar ginecomastia devido à diminuição natural da testosterona com a idade.

Medicamentos

Alguns remédios podem ter como efeito colateral o desenvolvimento de ginecomastia, como:

  • Esteróides anabolizantes
  • Medicamentos para tratamento de câncer de próstata
  • Alguns antidepressivos e ansiolíticos
  • Anti-hipertensivos

Doenças

Certas condições de saúde, como problemas da tireoide, insuficiência renal ou hepática e tumores testiculares, também podem estar relacionadas à ginecomastia.

Uso de substâncias

O consumo de álcool em excesso, maconha e outras drogas pode favorecer o desequilíbrio hormonal e aumentar o risco do problema.

Sintomas e sinais de alerta

O principal sinal da ginecomastia é o aumento do volume das mamas em homens, geralmente perceptível ao toque e à observação. Esse aumento pode ocorrer em apenas um lado ou em ambos.

Outros sintomas que podem estar presentes:

  • Sensibilidade ou dor na região mamária
  • Assimetria visível no tórax
  • Nódulo palpável por trás da aréola

É importante estar atento: se o aumento for rápido, doloroso ou acompanhado de secreção no mamilo, é essencial buscar avaliação médica, pois outras doenças precisam ser descartadas.

Como é feito o diagnóstico da ginecomastia?

O diagnóstico da ginecomastia é clínico, ou seja, baseado na avaliação feita pelo médico. A consulta envolve:

  1. Histórico detalhado: hábitos de vida, uso de medicamentos, histórico de doenças.
  2. Exame físico: avaliação da região do tórax para identificar se há realmente tecido glandular aumentado ou apenas gordura.
  3. Exames complementares: em alguns casos, podem ser solicitados exames de sangue para avaliar hormônios e ultrassonografia da mama ou testículos.

Esse cuidado é importante para descartar outras condições e definir o tratamento mais adequado.

Ginecomastia x excesso de gordura (pseudoginecomastia)

Um ponto essencial é diferenciar a ginecomastia verdadeira do acúmulo de gordura no tórax. A pseudoginecomastia ocorre principalmente em homens com sobrepeso e obesidade, sem aumento real do tecido glandular.

A diferença só pode ser confirmada com avaliação médica. Em alguns casos, exames de imagem ajudam a esclarecer o diagnóstico.

Tratamentos para ginecomastia

A boa notícia é que a ginecomastia tem tratamento, e as opções variam conforme a causa e a intensidade do quadro.

Acompanhamento clínico

Nos adolescentes, geralmente o médico apenas acompanha, já que em grande parte dos casos a ginecomastia desaparece sozinha após a estabilização hormonal.

Ajuste de medicamentos

Se o quadro estiver relacionado a um remédio em uso, pode ser necessário conversar com o médico para avaliar alternativas.

Tratamento medicamentoso

Em alguns casos selecionados, o uso de medicamentos pode ajudar a corrigir o desequilíbrio hormonal.

Cirurgia

Quando a ginecomastia persiste, causa desconforto estético ou impacto psicológico significativo, a cirurgia pode ser indicada. O procedimento retira o excesso de tecido mamário, trazendo de volta o contorno natural do tórax.

Mudança de estilo de vida

Em casos de pseudoginecomastia, perder peso, praticar exercícios físicos e adotar uma alimentação equilibrada ajudam bastante na melhora do quadro.

Impactos emocionais da ginecomastia

Mais do que uma alteração física, a ginecomastia pode gerar constrangimento e afetar a autoestima. Muitos homens relatam vergonha de tirar a camisa em público, evitar atividades como praia ou piscina e até dificuldades na vida íntima.

Por isso, buscar ajuda médica não deve ser visto apenas como questão estética, mas também como um cuidado com a saúde emocional.

Quando procurar um endocrinologista?

Sempre que houver aumento do volume das mamas em homens, é importante agendar uma consulta com endocrinologista. Esse especialista é o mais indicado para avaliar alterações hormonais e propor o tratamento adequado.

Lembre-se: nem sempre a ginecomastia é inofensiva. Embora a maioria dos casos seja benigna, algumas doenças mais sérias podem estar por trás do quadro.

Conclusão

A ginecomastia é um problema comum, mas que pode gerar insegurança e dúvidas em muitos homens. Entender suas causas, diferenciar da pseudoginecomastia e buscar o diagnóstico correto é fundamental para encontrar a melhor forma de tratamento.

Se você identificou sinais de ginecomastia, não espere que o problema se resolva sozinho. Marque uma consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti, endocrinologista, e tenha uma avaliação completa para cuidar da sua saúde com segurança.

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Dra. Ana Bárbara Trizzotti

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