Bócio multinodular de tireoide: quando se preocupar e como tratar

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Você já notou um inchaço no pescoço ou sentiu desconforto ao engolir e se perguntou o que poderia ser? Muitas vezes, essas alterações podem estar relacionadas ao bócio multinodular de tireoide, uma condição comum que afeta milhares de brasileiros e que merece atenção.

Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que é o bócio multinodular de tireoide, como ele se forma, quais alterações hormonais podem ocorrer e, principalmente, quando é necessário pensar em cirurgia ou outros tratamentos. Continue lendo para entender melhor esse distúrbio e cuidar da sua saúde com informação de qualidade.

O que é o bócio multinodular de tireoide?

O bócio multinodular de tireoide é uma condição em que a glândula tireoide, localizada na parte frontal do pescoço, aumenta de tamanho e desenvolve múltiplos nódulos em seu interior. Esse aumento pode ser visível ou apenas detectado em exames de imagem, como o ultrassom.

A tireoide é responsável pela produção de hormônios essenciais que regulam o metabolismo, o funcionamento do coração, a temperatura corporal e muitos outros processos. Quando há alterações no seu funcionamento, todo o organismo pode ser afetado.

Quais são as causas do bócio multinodular?

Não há uma única causa para o desenvolvimento do bócio multinodular de tireoide, mas alguns fatores aumentam o risco:

  • Deficiência de iodo: comum em regiões onde o consumo desse mineral é baixo. O iodo é essencial para a produção dos hormônios tireoidianos.
  • Histórico familiar: pessoas com parentes que têm distúrbios da tireoide têm mais chance de desenvolver bócio.
  • Idade: é mais comum em pessoas acima dos 40 anos.
  • Sexo feminino: as mulheres são mais propensas a desenvolver alterações na tireoide devido às flutuações hormonais.

Quais sintomas o bócio multinodular pode causar?

Na maioria dos casos, o bócio multinodular de tireoide evolui lentamente e não provoca sintomas nos estágios iniciais. No entanto, à medida que a glândula aumenta de tamanho, podem surgir:

  • Sensação de “caroço” no pescoço
  • Dificuldade para engolir ou respirar
  • Rouquidão
  • Tosse persistente
  • Desconforto estético

Além dos sintomas físicos, o bócio pode vir acompanhado de disfunções hormonais, como o hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios) ou o hipertireoidismo (produção excessiva), que causam sinais como cansaço, perda ou ganho de peso, alterações no ritmo cardíaco, queda de cabelo e mudanças de humor.

Alterações hormonais associadas ao bócio multinodular

O bócio multinodular pode ser tóxico ou não tóxico:

  • Bócio multinodular tóxico: ocorre quando os nódulos passam a produzir hormônios de forma autônoma, levando ao hipertireoidismo. Nesse caso, o corpo passa a funcionar de forma acelerada, com sintomas como ansiedade, insônia e palpitações.
  • Bócio multinodular não tóxico: os nódulos estão presentes, mas não alteram os níveis hormonais. Esse é o tipo mais comum e costuma ser assintomático por muitos anos.

O diagnóstico correto exige exames de sangue para dosar TSH, T3 e T4, além de imagem da tireoide com ultrassom e, em alguns casos, cintilografia ou biópsia por punção aspirativa com agulha fina (PAAF).

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do bócio multinodular de tireoide é feito por um endocrinologista com base em:

  • Histórico clínico e exame físico
  • Exames laboratoriais para avaliar a função tireoidiana
  • Ultrassonografia de tireoide, que ajuda a identificar tamanho, número e características dos nódulos
  • Punção aspirativa com agulha fina (PAAF), indicada quando os nódulos têm características suspeitas de malignidade

É importante lembrar que nem todo nódulo é câncer, mas a investigação criteriosa é essencial para definir a conduta.

Quais são as opções de tratamento?

O tratamento do bócio multinodular depende de diversos fatores, como tamanho da tireoide, presença de sintomas, alteração hormonal e risco de malignidade. Veja as principais abordagens:

Acompanhamento clínico

Nos casos assintomáticos e sem alterações hormonais ou suspeita de câncer, o endocrinologista pode optar por apenas acompanhar a evolução dos nódulos com exames periódicos.

Uso de medicamentos

Se houver hipotireoidismo, é indicado o uso de hormônio tireoidiano sintético (levotiroxina). Já em casos de hipertireoidismo, podem ser utilizados medicamentos antitireoidianos para controlar a produção hormonal.

Cirurgia

A tireoidectomia (retirada total ou parcial da glândula) é indicada quando:

  • O bócio é muito volumoso e causa compressão de estruturas do pescoço
  • Há alterações hormonais de difícil controle
  • Existem nódulos com suspeita de malignidade
  • O paciente tem desconforto estético significativo

A cirurgia é segura e costuma ter boa recuperação. Após a retirada da tireoide, o paciente precisará fazer reposição hormonal pelo resto da vida, o que é simples e bem tolerado na maioria dos casos.

Quando é necessário operar?

Nem todo paciente com bócio multinodular precisa de cirurgia. Essa decisão é individualizada e deve ser tomada com base em exames, sintomas e qualidade de vida.

Se você apresenta:

  • Aumento visível e progressivo da tireoide
  • Dificuldade para engolir ou respirar
  • Alterações hormonais persistentes
  • Nódulos com características suspeitas no ultrassom

… é hora de conversar com um endocrinologista de confiança para avaliar a melhor conduta. O acompanhamento profissional é essencial para evitar complicações e garantir um tratamento seguro e eficaz.

Cuide da sua tireoide com atenção e informação

O bócio multinodular de tireoide é uma condição comum e que, muitas vezes, evolui silenciosamente. Embora nem sempre traga sintomas, ele merece acompanhamento cuidadoso para prevenir complicações e garantir a sua saúde.

A boa notícia é que há tratamento, e ele pode ser simples e eficaz, especialmente quando diagnosticado precocemente. Por isso, se você percebeu alterações no pescoço, sintomas hormonais ou tem histórico familiar de doenças da tireoide, procure um endocrinologista de confiança.

A Dra. Ana Bárbara Trizzotti é especialista em endocrinologia e está pronta para te ajudar com um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado. Agende uma consulta e cuide bem da sua saúde hormonal.

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Dra. Ana Bárbara Trizzotti

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