Você já sentiu seu corpo enviando sinais que não consegue entender? Como ciclos menstruais desregulados, produção de leite fora do período de amamentação ou dificuldades para engravidar? Esses sintomas, muitas vezes ignorados ou mal interpretados, podem estar relacionados à hiperprolactinemia, uma alteração hormonal mais comum do que se imagina, e que merece atenção médica especializada.
Neste post, vamos explicar de forma clara o que é hiperprolactinemia, suas causas, sintomas e opções de tratamento. Se você desconfia que algo está fora do normal com seu organismo, este conteúdo pode ajudar a dar o primeiro passo em direção ao diagnóstico e à recuperação.
O que é a hiperprolactinemia?
A hiperprolactinemia é caracterizada por níveis elevados do hormônio prolactina no sangue. Esse hormônio é produzido pela hipófise, uma pequena glândula localizada no cérebro, e sua principal função é estimular a produção de leite após o parto.
No entanto, quando a prolactina está alta fora do contexto da gestação ou amamentação, isso pode causar uma série de desequilíbrios hormonais. A condição pode afetar tanto mulheres quanto homens, embora seja mais frequentemente diagnosticada em mulheres em idade fértil.
Quais são os principais sintomas da hiperprolactinemia?
Os sintomas podem variar conforme o sexo da pessoa e a gravidade do quadro, mas os mais comuns incluem:
Em mulheres:
- Irregularidade ou ausência de menstruação
- Infertilidade
- Produção de leite sem estar grávida ou amamentando (galactorreia)
- Secura vaginal e dor durante a relação sexual
- Diminuição da libido
Em homens:
- Redução da libido
- Disfunção erétil
- Infertilidade
- Diminuição de pelos corporais
- Aumento das mamas (ginecomastia)
Esses sintomas podem afetar diretamente a qualidade de vida e a saúde emocional dos pacientes. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais.
Quais são as causas da hiperprolactinemia?
A elevação da prolactina pode ter diversas causas. As principais são:
1. Tumores hipofisários (prolactinomas)
São tumores benignos que produzem prolactina em excesso. Eles são a causa mais comum de hiperprolactinemia e podem ser pequenos (microadenomas) ou maiores (macroadenomas).
2. Uso de medicamentos
Certos remédios podem interferir nos níveis de prolactina, como:
- Antidepressivos
- Antipsicóticos
- Anticoncepcionais orais
- Anti-hipertensivos
3. Doenças sistêmicas
Distúrbios como hipotireoidismo, insuficiência renal crônica e síndrome dos ovários policísticos (SOP) também podem estar relacionados à hiperprolactinemia.
4. Estresse e estímulo das mamas
Estresse físico ou emocional intenso, além de toques ou estímulos frequentes nas mamas, também podem levar à elevação temporária da prolactina.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é simples e começa com um exame de sangue que mede os níveis de prolactina. Se os valores estiverem elevados, o médico pode solicitar outros exames para entender a causa:
- Ressonância magnética da sela túrcica (região onde fica a hipófise)
- Avaliação da função da tireoide (TSH)
- Testes de função renal e hepática
É fundamental que a coleta do exame de sangue seja feita em condições ideais, sem estímulos nas mamas nas horas anteriores e preferencialmente em repouso, pois esses fatores podem interferir no resultado.
Quais são as opções de tratamento?
O tratamento da hiperprolactinemia depende da causa identificada. Veja as possibilidades mais comuns:
1. Medicação
A primeira linha de tratamento, principalmente nos casos de prolactinomas, é o uso de medicamentos agonistas dopaminérgicos, como a cabergolina ou a bromocriptina. Esses remédios ajudam a normalizar os níveis de prolactina e reduzem o tamanho do tumor, quando existente. Segundo a Endocrine Society, esse tratamento tem alta taxa de eficácia e segurança.
2. Tratamento da causa de base
Se a hiperprolactinemia for secundária a outro problema, como hipotireoidismo ou uso de medicamentos, o foco será resolver ou ajustar essas condições.
3. Cirurgia
Em casos raros, quando o tumor não responde aos medicamentos ou causa sintomas compressivos (como alteração da visão), pode ser necessária a remoção cirúrgica.
4. Acompanhamento médico
Mesmo em casos mais leves, o acompanhamento com um endocrinologista é indispensável para monitorar a evolução do quadro e ajustar o tratamento conforme necessário.
Hiperprolactinemia e fertilidade: existe relação?
Sim. A prolactina elevada interfere na ovulação e no ciclo menstrual, dificultando a concepção. Por isso, a hiperprolactinemia é uma das causas hormonais mais frequentes de infertilidade em mulheres.
Homens com hiperprolactinemia também podem apresentar queda na produção de testosterona, o que compromete a fertilidade e a função sexual.
O tratamento adequado costuma restaurar a fertilidade e permite que o casal volte a planejar a gravidez com segurança.
Qual médico devo procurar?
O profissional mais indicado para diagnosticar e tratar a hiperprolactinemia é o endocrinologista. Ele possui conhecimento aprofundado sobre o sistema hormonal e saberá investigar a origem do problema, indicar o melhor tratamento e acompanhar os resultados.
Se você apresenta sintomas compatíveis com a hiperprolactinemia ou possui dúvidas sobre sua saúde hormonal, agendar uma consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti pode ser o passo mais importante para cuidar do seu bem-estar.
Conclusão: ouvir o corpo é o primeiro passo
A hiperprolactinemia é uma condição hormonal que pode afetar diretamente o equilíbrio do corpo, a fertilidade e a qualidade de vida. Muitos dos seus sintomas passam despercebidos ou são atribuídos a outras causas, o que pode atrasar o diagnóstico.
Se você desconfia que pode estar com algum desequilíbrio hormonal, não espere os sintomas se agravarem. Marque uma consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti, endocrinologista, para receber o cuidado que você merece e tratar sua saúde com responsabilidade e atenção especializada.