Hipertrigliceridemia: entenda o que é, riscos e como tratar

hipertrigliceridemia- dra ana barbara trizzoti endocrinologista botucatu

Você já ouviu falar em hipertrigliceridemia? Imagine que seu sangue é como uma estrada por onde passam diversos carros, representando os nutrientes que dão energia ao corpo. Mas quando essa estrada fica cheia demais de um mesmo tipo de veículo, o trânsito trava e surgem acidentes. É assim que acontece com o excesso de triglicerídeos no sangue: ele pode bloquear o fluxo saudável do organismo e trazer sérios problemas de saúde.

Neste artigo, vou te explicar de forma simples o que é hipertrigliceridemia, quais são os fatores de risco, suas possíveis complicações e como é feito o tratamento. Se você chegou até aqui é porque se preocupa com a sua saúde  e essa pode ser a informação que fará diferença no seu futuro.

O que é hipertrigliceridemia?

A hipertrigliceridemia é o nome dado quando os níveis de triglicerídeos no sangue estão elevados. Os triglicerídeos são um tipo de gordura que o corpo produz a partir do excesso de calorias ingeridas, principalmente vindas de carboidratos simples e gorduras.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, valores de triglicerídeos acima de 150 mg/dL já são considerados alterados (SBC). Quanto maiores os números, maior o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e pancreatite.

Quais são os fatores de risco da hipertrigliceridemia?

Diversos hábitos e condições podem levar ao aumento dos triglicerídeos. Entre os principais fatores de risco estão:

  • Má alimentação: consumo excessivo de açúcares, massas, frituras, bebidas alcoólicas e alimentos ultraprocessados.
  • Sedentarismo: a falta de atividade física dificulta o uso da gordura como energia, favorecendo o acúmulo.
  • Obesidade: está fortemente associada a níveis elevados de triglicerídeos.
  • Doenças associadas: como diabetes tipo 2, síndrome metabólica, hipotireoidismo e doenças renais.
  • Uso de medicamentos: corticoides, diuréticos e betabloqueadores podem elevar os triglicerídeos.
  • Fatores genéticos: algumas pessoas herdam predisposição familiar, chamada hipertrigliceridemia familiar.

Quais as complicações da hipertrigliceridemia?

Ter triglicerídeos altos não é apenas um número alterado no exame de sangue. Ele é um sinal de alerta. Se não tratado, pode trazer complicações graves, como:

1. Doenças cardiovasculares

Altos níveis de triglicerídeos aumentam a formação de placas de gordura nas artérias, processo conhecido como aterosclerose. Isso favorece infarto, AVC e hipertensão.

2. Pancreatite aguda

Quando os triglicerídeos ultrapassam 500 mg/dL, cresce muito o risco de inflamação no pâncreas, uma condição grave que pode levar à internação.

3. Resistência insulínica e diabetes tipo 2

O excesso de gordura no sangue prejudica a ação da insulina, favorecendo o desenvolvimento de diabetes tipo 2.

4. Síndrome metabólica

A hipertrigliceridemia faz parte desse conjunto de alterações que inclui obesidade abdominal, hipertensão e glicose elevada, aumentando o risco de complicações a longo prazo.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da hipertrigliceridemia é simples: um exame de sangue chamado perfil lipídico ou lipidograma. Ele mede triglicerídeos, colesterol total, HDL (o colesterol bom) e LDL (o colesterol ruim).

Os valores de referência são:

  • Normal: abaixo de 150 mg/dL
  • Limítrofe: entre 150 e 199 mg/dL
  • Alto: entre 200 e 499 mg/dL
  • Muito alto: acima de 500 mg/dL (Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose).

Qual o tratamento da hipertrigliceridemia?

O tratamento vai depender do grau de alteração e da presença de fatores de risco. Ele envolve mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de medicamentos.

1. Alimentação equilibrada

  • Reduzir açúcares simples (refrigerantes, doces, massas refinadas).
  • Preferir alimentos integrais, frutas, legumes e verduras.
  • Usar gorduras boas, como azeite de oliva, abacate, oleaginosas e peixes ricos em ômega-3.
  • Evitar frituras e ultraprocessados.

2. Prática de atividade física

A recomendação é de pelo menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica moderada, como caminhada, corrida leve ou bicicleta.

3. Redução do consumo de álcool

O álcool aumenta diretamente os triglicerídeos e deve ser evitado por quem tem hipertrigliceridemia.

4. Controle do peso

A perda de 5% a 10% do peso corporal já pode trazer melhora significativa nos níveis de triglicerídeos.

5. Medicamentos

Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes, o médico pode prescrever medicamentos como fibratos, niacina, estatinas ou ômega-3 em cápsulas.

Como prevenir a hipertrigliceridemia?

A prevenção está diretamente ligada a hábitos saudáveis:

  • Ter uma alimentação balanceada no dia a dia
  • Evitar bebidas alcoólicas em excesso
  • Praticar exercícios físicos regularmente
  • Fazer exames periódicos de sangue
  • Controlar outras doenças como diabetes e hipertensão

Conclusão

A hipertrigliceridemia é um problema silencioso, mas com impacto enorme na saúde. Ela aumenta o risco de doenças cardíacas, pancreatite e diabetes, e muitas vezes só é descoberta em exames de rotina.

Cuidar da alimentação, praticar atividade física e realizar acompanhamento médico são passos fundamentais para manter os triglicerídeos sob controle.

Se você descobriu que está com triglicerídeos altos ou possui histórico familiar, não adie seu cuidado. Agende uma consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti, endocrinologista, e receba uma avaliação completa e personalizada para proteger sua saúde hoje e no futuro.

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