Você já se sentiu desconfortável por ter pêlos escuros e grossos crescendo em regiões como o queixo, o abdômen ou o tórax? Muitas mulheres convivem com esse incômodo sem saber que se trata de uma condição médica chamada hirsutismo e que tem tratamento. Mais do que uma questão estética, o hirsutismo pode sinalizar desequilíbrios hormonais importantes que merecem atenção.
Neste artigo, você vai entender o que é o hirsutismo, quais são suas causas mais comuns, como ele afeta a autoestima e a saúde da mulher, e quais são os caminhos mais eficazes para o diagnóstico e tratamento.
O que é hirsutismo?
O hirsutismo é o crescimento excessivo de pelos em mulheres em regiões que normalmente são características do padrão masculino, como rosto, queixo, tórax, costas, abdômen, parte interna das coxas e glúteos. Esses pêlos tendem a ser mais escuros e grossos, o que aumenta ainda mais o desconforto estético e emocional.
Estima-se que entre 5% e 10% das mulheres em idade reprodutiva apresentem algum grau de hirsutismo, segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Apesar de relativamente comum, muitas mulheres demoram a buscar ajuda por vergonha ou falta de informação.
O hirsutismo ocorre, na maioria dos casos, devido a um excesso de hormônios androgênicos (como a testosterona) no organismo ou a uma maior sensibilidade dos folículos pilosos a esses hormônios.
Como o hirsutismo afeta a autoestima das mulheres?
Mais do que um problema físico, o hirsutismo pode ter grande impacto emocional. Muitas mulheres relatam:
- Vergonha do próprio corpo
- Baixa autoestima
- Dificuldade em se relacionar afetivamente
- Ansiedade e até depressão
O acolhimento e o tratamento humanizado fazem toda a diferença. A Dra. Ana Bárbara Trizzotti atua justamente com esse olhar individualizado e acolhedor, entendendo não só os sintomas físicos, mas também os impactos psicológicos da condição.
Quais são as causas do hirsutismo?
1. Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)
A SOP é a causa mais comum de hirsutismo. Trata-se de uma síndrome que provoca alterações hormonais, aumento da produção de andrógenos e dificuldade na ovulação. Os sintomas mais comuns são:
- Ciclos menstruais irregulares
- Acne
- Infertilidade
- Ganho de peso
- Hirsutismo
2. Distúrbios das glândulas adrenais
Condições como a hiperplasia adrenal congênita, tumores adrenais ou da hipófise podem levar à produção excessiva de andrógenos, provocando hirsutismo de início súbito e acentuado.
3. Uso de medicamentos
Alguns medicamentos influenciam diretamente nos níveis hormonais e podem causar hirsutismo como efeito colateral. Entre eles:
- Esteroides anabolizantes
- Danazol (usado em casos de endometriose)
- Ciclosporina
- Minoxidil
4. Fatores genéticos e étnicos
Mulheres de origem mediterrânea, do Oriente Médio ou do Sul da Ásia podem ter mais pelos corporais naturalmente. Nesse caso, mesmo com exames hormonais normais, o hirsutismo pode estar presente devido à maior sensibilidade dos receptores hormonais.
Como é feito o diagnóstico do hirsutismo?
O diagnóstico começa com uma avaliação clínica detalhada. A endocrinologista observa o padrão de crescimento dos pelos, histórico menstrual, sintomas associados (acne, queda de cabelo, aumento da oleosidade) e avalia o grau de hirsutismo.
Além disso, são solicitados exames laboratoriais para analisar os níveis de:
- Testosterona total e livre
- DHEA-S
- Androstenediona
- 17-OH-progesterona
- LH e FSH
Em alguns casos, exames de imagem (como ultrassonografia dos ovários e tomografia das adrenais) ajudam a investigar a causa do excesso de andrógenos.
Quais são os tratamentos disponíveis para o hirsutismo?
O tratamento do hirsutismo deve ser individualizado, respeitando as características de cada paciente. Com acompanhamento médico adequado, é possível controlar a condição e melhorar significativamente a qualidade de vida.
1. Anticoncepcionais hormonais
Os anticoncepcionais combinados (estrogênio + progestagênio) são a primeira linha de tratamento, pois reduzem a produção de andrógenos pelos ovários.
2. Antiandrogênicos
Medicamentos como a espironolactona ajudam a bloquear a ação dos hormônios masculinos sobre os folículos pilosos. Eles são geralmente usados junto com anticoncepcionais.
3. Estilo de vida saudável
A perda de peso e a adoção de hábitos saudáveis (atividade física, alimentação equilibrada, sono de qualidade) são essenciais, principalmente em casos de SOP.
4. Procedimentos estéticos
- Depilação a laser: reduz o volume dos pelos de forma duradoura
- Luz pulsada intensa (IPL)
- Eletrólise: método mais definitivo, mas mais demorado
É importante lembrar que esses métodos apenas removem os pelos, mas não tratam a causa do hirsutismo.
Hirsutismo tem cura?
Embora nem sempre haja cura definitiva, o hirsutismo tem controle. Com o tratamento adequado e o acompanhamento contínuo, é possível reduzir os pelos indesejados e manter os níveis hormonais sob controle.
Quando devo procurar uma endocrinologista?
Procure ajuda médica se você perceber:
- Crescimento de pelos escuros e espessos em regiões como rosto, abdômen ou seios
- Alterações menstruais
- Ganho de peso
- Acne intensa
- Queda de cabelo
Quanto antes for feito o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento. Cuidar da sua saúde hormonal é também cuidar da sua autoestima e qualidade de vida.
Conclusão: trate o hirsutismo com quem entende do assunto
O hirsutismo pode afetar a saúde física e emocional da mulher, mas é possível controlar seus sintomas e viver com mais leveza e confiança. O importante é não ignorar os sinais e buscar atendimento especializado.
A Dra. Ana Bárbara Trizzotti, endocrinologista, está pronta para te ajudar com acolhimento, conhecimento técnico e olhar humano. Agende agora mesmo sua consulta e dê o primeiro passo para uma vida com mais equilíbrio hormonal e bem-estar.