Pré-hipertensão: por que 12 por 8 já não é considerado normal

Pré-hipertensão_ por que 12 por 8 já não é considerado normal

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que a pressão 12 por 8 é normal? Pois saiba que essa frase, tão comum nas conversas do dia a dia, ficou ultrapassada. Segundo as novas diretrizes nacionais, a pressão de 12 por 8 já não é mais considerada dentro da normalidade, e isso muda completamente a forma como devemos cuidar da nossa saúde cardiovascular.

Mas afinal, o que significa essa mudança? O que é a pré-hipertensão e por que ela exige atenção? Continue a leitura e descubra o que dizem as novas recomendações, quais são os riscos de ignorar valores aparentemente “normais” e como a endocrinologista Dra. Ana Bárbara Trizzotti pode ajudar a prevenir complicações antes que elas aconteçam.

O que é pré-hipertensão

A pré-hipertensão é uma condição em que a pressão arterial está acima do ideal, mas ainda não é considerada hipertensão de fato. Ela representa um alerta: o corpo já começa a sentir os efeitos do aumento da pressão, mesmo antes dos números atingirem o limite clássico de 14 por 9.

O conceito surgiu no relatório americano JNC 7, publicado em 2003, que classificava como pré-hipertensão os valores entre 120-139/80-89 mmHg. Essa classificação foi criada para chamar a atenção das pessoas que ainda não eram hipertensas, mas já tinham risco elevado de desenvolver a doença.

Em 2017, a American Heart Association (AHA) e o American College of Cardiology (ACC) atualizaram as diretrizes, reduzindo os valores considerados normais. A partir daí, pressões de 120 a 129 mmHg na sistólica, com diastólica menor que 80 mmHg, passaram a ser classificadas como “elevadas”, e a hipertensão passou a ser diagnosticada a partir de 130/80 mmHg, ou seja, 13 por 8. 

No Brasil, o tema ganhou destaque em 2025 com a nova Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, elaborada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). O documento considera agora que uma pressão de 12 por 8 (120/80 mmHg) deve ser tratada como pré-hipertensão.

Por que 12 por 8 já não é considerado normal?

Durante muitos anos, 12 por 8 foi sinônimo de equilíbrio e saúde. No entanto, novos estudos mostraram que valores considerados “limítrofes” já aumentam o risco de doenças cardiovasculares a longo prazo.

A nova diretriz brasileira reforça que valores entre 120-139 mmHg de pressão sistólica ou 80-89 mmHg de diastólica caracterizam a pré-hipertensão, e que essa fase exige acompanhamento médico e mudanças de hábitos para evitar a progressão da doença.

Pesquisas internacionais também apontam que mesmo pequenas elevações da pressão arterial podem aumentar o risco de infarto, AVC e doenças renais. Um estudo publicado na National Library of Medicine demonstrou que pessoas com pressão em torno de 130/80 mmHg já apresentam risco cardiovascular significativamente maior em comparação a quem mantém valores abaixo de 120/80. 

Em resumo, o que antes era visto como “pressão normal” agora é entendido como um sinal de atenção. Quanto mais cedo as medidas forem tomadas, maiores as chances de evitar o desenvolvimento da hipertensão e suas complicações.

O que mudou na nova diretriz brasileira

As principais mudanças da Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025 são:

  • Pressão ideal: menor que 120/80 mmHg.
  • Pré-hipertensão: entre 120-139 mmHg (sistólica) ou 80-89 mmHg (diastólica).
  • Hipertensão estágio 1: a partir de 140/90 mmHg.
  • Meta de pressão para pessoas com risco cardiovascular: abaixo de 130/80 mmHg.

Segundo a Agência Brasil, essa mudança tem o objetivo de incentivar o diagnóstico e o tratamento precoce, reduzindo o número de casos graves e complicações relacionadas à hipertensão.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia destaca que essa atualização coloca o Brasil em sintonia com as recomendações internacionais e reforça a importância da prevenção. Identificar a pré-hipertensão é o primeiro passo para reduzir a incidência de doenças cardíacas, renais e cerebrais.

O que a pré-hipertensão pode causar?

Mesmo que os sintomas nem sempre sejam perceptíveis, a pré-hipertensão pode trazer consequências silenciosas ao longo do tempo. O aumento da pressão arterial, ainda que leve, acelera o desgaste dos vasos sanguíneos e sobrecarrega órgãos vitais como coração, rins e cérebro.

Entre os principais riscos estão:

  • Maior probabilidade de desenvolver hipertensão arterial no futuro;
  • Aumento do risco de infarto e AVC;
  • Possível impacto na função renal;
  • Maior chance de rigidez arterial e aterosclerose precoce.

Essas complicações não surgem de um dia para o outro, mas se desenvolvem gradualmente. É por isso que detectar a pré-hipertensão e agir cedo é essencial para garantir qualidade de vida e longevidade.

O que fazer ao descobrir que tem pré-hipertensão

A boa notícia é que, em muitos casos, é possível reverter a pré-hipertensão com mudanças simples no estilo de vida. Pequenas atitudes diárias podem reduzir a pressão arterial e evitar que a condição evolua.

Algumas medidas eficazes incluem:

  1. Reduzir o consumo de sal e evitar alimentos ultraprocessados.
  2. Praticar atividade física regularmente, mesmo que seja uma caminhada diária.
  3. Controlar o peso corporal, já que o excesso de peso aumenta a pressão arterial.
  4. Dormir bem e manter um padrão de sono regular.
  5. Evitar álcool e tabaco, que elevam a pressão e prejudicam os vasos.
  6. Reduzir o estresse, buscando atividades relaxantes e pausas na rotina.

Quando procurar ajuda médica?

Procure um especialista se:

  • Sua pressão estiver consistentemente entre 120-139/80-89 mmHg;
  • Você tiver histórico familiar de hipertensão, diabetes ou doenças cardiovasculares;
  • Houver sintomas como dor de cabeça frequente, tontura, falta de ar ou palpitações;
  • Você já tem diagnóstico de obesidade, resistência à insulina ou colesterol alto.

Mesmo sem sintomas, a pré-hipertensão merece atenção. O acompanhamento médico permite identificar a causa e adotar as melhores estratégias para reverter o quadro antes que ele avance.

Por que uma endocrinologista pode ajudar?

Você pode estar se perguntando: por que procurar uma endocrinologista se o problema é de pressão? A resposta está no papel que os hormônios e o metabolismo desempenham na regulação da pressão arterial.

Condições tratadas pela endocrinologia, como obesidade, resistência à insulina, diabetes tipo 2 e disfunções da tireoide, têm relação direta com a pré-hipertensão. Quando esses fatores são avaliados e tratados de forma integrada, o controle da pressão se torna muito mais eficaz.

A Dra. Ana Bárbara Trizzotti, endocrinologista, realiza uma avaliação completa que vai além dos números do aparelho. Ela investiga causas metabólicas, hábitos alimentares, níveis hormonais e estilo de vida, criando um plano individualizado para prevenir a progressão da pré-hipertensão e proteger sua saúde a longo prazo.

Conclusão

O que antes era considerado o “padrão de normalidade” agora é visto como um sinal de alerta. A pré-hipertensão mostra que o corpo está pedindo atenção e que agir cedo faz toda a diferença para evitar doenças sérias no futuro.

Cuidar da pressão arterial é cuidar do coração, do cérebro, dos rins e da qualidade de vida. Manter hábitos saudáveis e realizar acompanhamento com uma especialista como a Dra. Ana Bárbara Trizzotti é a melhor forma de prevenir complicações e garantir que o seu corpo funcione em equilíbrio.

Se a sua pressão é 12 por 8, isso não é motivo para pânico, mas sim um convite à ação. Agende sua consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti e receba uma avaliação personalizada para entender seus riscos, ajustar seu estilo de vida e proteger sua saúde de forma completa e preventiva.

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Dra. Ana Bárbara Trizzotti

Com 10 anos de experiência, sou sua parceira para uma vida mais saudável e feliz

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