Testosterona baixa em mulheres: o que realmente importa no diagnóstico e tratamento

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Você já ouviu alguém dizer que estava com “testosterona baixa” e, por isso, decidiu usar um implante hormonal? Parece uma solução fácil, mas a verdade é que essa decisão pode estar baseada em informações imprecisas e até perigosas para a saúde da mulher. Entender o que realmente significa a “testosterona baixa em mulheres” é essencial antes de qualquer escolha sobre tratamento.

O que é a testosterona e qual seu papel no corpo feminino?

A testosterona é um hormônio androgênico, produzido em menor quantidade pelas mulheres, principalmente pelos ovários e glândulas adrenais. Apesar de ser mais conhecida como um hormônio masculino, ela tem papel fundamental no corpo feminino: influencia a libido, a disposição física, a força muscular, a saúde óssea e até o bem-estar emocional.

Ao contrário do que muitos pensam, níveis mais baixos de testosterona em mulheres não significam, necessariamente, que há algo errado. Afinal, o corpo feminino naturalmente produz quantidades bem menores do que o masculino. O problema começa quando se tenta “corrigir” isso com terapias que não têm respaldo científico adequado.

É possível diagnosticar testosterona baixa em mulheres com exame de sangue?

Essa é uma das maiores armadilhas em torno do tema. Embora o exame de sangue seja uma ferramenta importante na endocrinologia, ele não é eficaz para diagnosticar “testosterona baixa” em mulheres. Isso acontece porque:

  • Os níveis hormonais femininos variam ao longo do ciclo menstrual;
  • A concentração de testosterona nas mulheres é muito pequena, dificultando a precisão dos testes laboratoriais;
  • Os valores de referência não são bem estabelecidos para a população feminina.

Portanto, confiar exclusivamente em um exame de sangue para decidir sobre esse diagnóstico é um erro. O mais importante é ouvir a paciente, compreender seus sintomas e avaliar o contexto clínico como um todo, como reforça a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) em sua nota oficial sobre o uso de androgênios em mulheres: leia aqui.

Sintomas que podem estar ligados a alterações hormonais

Embora os exames laboratoriais tenham limitações, os sintomas relatados pelas pacientes são fundamentais para a investigação. Algumas mulheres relatam:

  • Queda significativa da libido
  • Cansaço sem explicação
  • Perda de massa muscular
  • Alterações no humor
  • Dificuldade de concentração

Mas atenção: esses sintomas são inespecíficos e podem estar relacionados a diversos outros fatores: desde distúrbios da tireoide até questões emocionais. Por isso, é essencial uma abordagem ampla e responsável.

Por que o uso de implantes hormonais não é recomendado?

Nos últimos anos, o uso de implantes hormonais (pequenos cilindros inseridos sob a pele e que liberam hormônios ao longo do tempo) ganhou popularidade, principalmente nas redes sociais. Muitas vezes, esses dispositivos prometem “resolver” a testosterona baixa em mulheres, com resultados rápidos.

Porém, a endocrinologia não aprova o uso desses implantes para esse fim. As principais razões são:

  • Falta de regulação: Muitos implantes são manipulados sem controle adequado, o que representa um risco à saúde;
  • Dose excessiva: Como não há uma padronização, é comum o uso de doses muito acima do necessário;
  • Efeitos colaterais graves: Acne, aumento de pelos, engrossamento da voz, alterações menstruais, alterações hepáticas e até infertilidade;
  • Ausência de estudos de longo prazo: Não existem evidências científicas robustas que comprovem a segurança desses implantes em mulheres.

A Endocrine Society também se posiciona contra o uso de testosterona para tratar disfunções sexuais femininas em geral, fora casos muito específicos, como a síndrome do desejo sexual hipoativo em mulheres pós-menopáusicas, e mesmo assim com cautela e sob estrito acompanhamento médico. 

A abordagem endocrinológica: segurança, ciência e individualidade

Ao invés de buscar soluções rápidas, a endocrinologia moderna preza por um caminho mais seguro, baseado na escuta ativa da paciente, na análise clínica criteriosa e no uso de evidências científicas. Nem toda mulher que sente cansaço ou falta de libido está com testosterona baixa. E mesmo que esteja, a reposição só deve ser feita com indicação médica clara e com medicamentos regulamentados, preferencialmente orais ou transdérmicos, quando necessário.

Além disso, hábitos de vida saudáveis são fundamentais no equilíbrio hormonal feminino:

  • Prática regular de atividade física
  • Alimentação equilibrada
  • Sono de qualidade
  • Redução do estresse
  • Cuidado com o uso de suplementos e hormônios sem indicação médica

O papel da paciente: empoderamento com informação

Vivemos em uma era onde o acesso à informação é fácil  e, ao mesmo tempo, perigoso. Muitas mulheres chegam ao consultório com informações incompletas, promovidas por influenciadoras ou clínicas estéticas que não seguem as diretrizes médicas. A boa notícia é que, com o acompanhamento certo, é possível fazer escolhas baseadas em ciência, e não em modismos.

O autoconhecimento é a base para uma saúde hormonal equilibrada. Ao invés de buscar atalhos, o ideal é procurar um endocrinologista de confiança, como a Dra. Ana Bárbara Trizzotti, para conduzir uma investigação segura, ética e personalizada.

Conclusão: antes de qualquer reposição, busque orientação médica qualificada

A testosterona baixa em mulheres é um tema complexo, que exige atenção, cuidado e responsabilidade. Não existe um número mágico no exame de sangue que diga se você precisa ou não de tratamento. Mais importante do que isso é entender seu corpo, seus sintomas e, principalmente, não cair em soluções fáceis que colocam sua saúde em risco.

A endocrinologia é uma especialidade comprometida com a sua segurança. Antes de tomar qualquer decisão sobre implantes ou reposições hormonais, agende uma consulta com a Dra. Ana Bárbara Trizzotti. Você merece um cuidado baseado em ciência, ética e empatia.

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